O depoimento emocionado de despedida da médica Clarissa Rios publicado em sua conta no Instagram no último dia 21, tendo pedido recentemente desligamento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência em João Pessoa (SAMU), apontando o sucateamento da estrutura do equipamento, contrasta estranhamente com a entrega da reforma completa da estrutura do prédio de renovação da estrutura no último dia 19 com a presença do prefeito, Cícero Lucena, e cobertura completa da imprensa local (que teve acesso a todo prédio).

Clarissa diz em suas postagens que os colchões, banheiros e até os salários do SAMU não seriam aceitáveis. Sobre os colchões, banheiros e demais itens, as imagens captadas pelos profissionais de imprensa desmentem por si as acusações, mas qual seria o motivo para as queixas da médica com relação aos seus vencimentos? Conforme nossa equipe conseguiu apurar, de fato a Dra. Clarissa recebia um valor inferior ao pago aos seus colegas do SAMU. O motivo? A mesma estaria cumprindo um número de plantões bem menor que os demais médicos por mês.

Em seu perfil nas redes sociais, Dra. Clarissa revela que além de médica é profissional de Educação Física e atua na Doctorfit Franquia. No print abaixo, em que um suposto paciente tentou agendar uma consulta, a secretária da médica afirma que a mesma atende nas segundas, terças, quartas, quintas e sextas-feiras, das 14h às 19h, fato que tornaria de fato difícil para a profissional de saúde cumprir uma escala de plantões compatível com o soccorro de vítimas realizado pelo SAMU em todo Brasil.

Reforma

As intervenções no SAMU em João Pessoa incluíram a recuperação do isolamento da sala de atendimento, a recuperação da coberta, revitalização da fachada, pintura, instalação de cerâmica, revisão elétrica e hidráulica, troca de luminárias e esquadrias, climatização e manutenção externa. O investimento é de cerca de R$ 480 mil. A reforma contou com R$ 100 mil em recursos orientados pelo vereador Tarcísio Jardim, dentro do programa de Emendas Cidadãs.

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