
O empresário Renildo Lima, detido pela Polícia Federal (PF) em 9 de setembro com R$ 500 mil em espécie no estado de Roraima, assinou um contrato no valor de R$ 211 milhões com o Ministério da Saúde em maio deste ano. Lima é proprietário da Voare Táxi Aéreo e marido da deputada federal Helena Lima, do MDB de Roraima.
Renildo Lima foi preso ao lado de outras cinco pessoas, incluindo dois policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope). O grupo é investigado por suspeita de compra de votos e associação criminosa.
A Voare, empresa administrada por Renildo Lima e sua filha Eduarda Lima, registrou um aumento expressivo no faturamento após a eleição da deputada Helena Lima, no ano passado. Em 2023, a empresa fechou contratos de R$ 53,3 milhões com o governo federal, o segundo maior valor desde sua fundação há 14 anos.
Em 2024, a empresa atingiu seu maior contrato, totalizando R$ 211,5 milhões, com o Ministério da Saúde, destinado à prestação de serviços de assistência de saúde aos povos indígenas Yanomami, por um período de dois anos.
Helena Lima, que é aliada do ex-ministro Romero Jucá, concorreu pela primeira vez em 2022, usando o nome de urna “Helena da Asatur”, uma referência a um braço da Voare. Antes de ingressar na política, a deputada trabalhou na Voare de 2001 a 2022, ano em que foi eleita.
Nem Helena Lima nem Renildo Lima ainda se pronunciaram sobre o caso.