Que o caso dos moradores da comunidade Dubai requer cuidado, ações e resolutividade, todos sabem. Porém, mesmo em meio ao cenário delicado das famílias, ainda surgem personagens para usarem do caso como trampolim político-eleitoral. É a ânsia para lucrar em cima do sofrimento alheio, fato que não vemos nem nos mais famosos policialescos da televisão paraibana ao meio-dia. Sintomático.

É o que acontece com os grupos girassol, liderado pelo ex-governador Ricardo Coutinho; o bolsonarista, do ainda presidente do PTB no estado Nilvan Ferreira, e o tucano, do deputado federal Ruy Carneiro.

A busca desenfreada para tentar (re)construir uma militância em cima do sofrimento da Dubai não pega. É pequeno. Remonta a idos de uma política paraibana “Sucupiral”. Aqui sem inauguração de cemitério, somente com as últimas pás de cal em atuações políticas.

Nem tudo que reluz é ouro. A mão que se estende nem sempre é para ajudar, às vezes dar-se com uma para cobrar com a outra. Afinal, é até bíblico: “que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua mão direita”.

Além de tudo, os discursos, com tons demagógicos e permeados de amnésias, insuflam e geram resistência das pessoas desalojadas para ações dos poderes públicos, que visam ofertar dignidade aos moradores.

Um lado da moeda é propor um debate resolutivo, que busque a melhoria dos moradores. O outro é buscar capitalizar eleitoralmente em cima do sofrimento alheio. E, nesse último, o resultado é fraco. Nesse cara ou coroa, quem perde é a população.