O governador da Paraíba, João Azevêdo (Cidadania) afirmou, nesta terça-feira (28) em entrevista ao programa F5, da 89 Rádio Pop, que o discurso do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de reduzir o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nos estados não passa de uma demagogia barata. Conforme ele, a gestão fez isenções que ajudaram as empresas a passarem pelo momento mais difícil da crise sanitária.
O gestor lembrou que o Governo do Estado já reduziu 50% do valor cobrado do ICMS do combustível para empresas de ônibus na Paraíba, pagando apenas 20% do valor que seria recolhido sobre o combustível. Esse percentual ainda foi reduzido pela metade com o objetivo de manter os serviços.
“Essas coisas precisam ser colocadas para que o cidadão que está em casa comece a entender, para não acreditar em fake news, mentiras e em discursos falsos que é só baixar o ICMS dos estados que está todo problema de combustível resolvido”, alertou.
De acordo com o chefe do Executivo estadual, o aumento se deve ao formato da política de preço da Petrobras, que é em dólar, mas produz e paga aos funcionários em real. Para ele, a alegria é dos acionistas, já que a estatal teve R$ 41 bilhões de lucros no segundo trimestre deste ano.
“Se você considerar que baixa 1% do valor do ICMS no Estado, se o preço do combustível fosse R$ 7, teoricamente você teria R$ 0,07 de redução no preço do litro do combustível. Esse valor chegaria na bomba? Talvez. Porque talvez ele também fosse distribuído para o distribuidor e para os postos revendedores. Vamos supor que chegasse, com esse aumento de amanhã, ele vai subir R$ 0,49, então já engoliu a redução. Isso é demagogia barata, não funciona”, explicou.