O paraibano Tércio Arnaud Tomaz, assessor especial da Presidência da República, é alvo de pedido de indiciamento por parte da CPI da Pandemia, do Senado, apontado como “líder” do núcleo da disseminação de fake news durante a pandemia. Conforme o documento, assinado pelo senador Renan Calheiros, a organização tinha como objetivo gerar engajamento da base de apoio popular ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) e promover ataques para enfraquecer os seus adversários políticos.

“Vale destacar que as investigações apontam o núcleo formulador de fake news como determinante na engrenagem criada para desinformar”, destaca trecho.

De acordo com o documento, em um dos núcleos da organização, denominado “Gabinete do Ódio”, Tércio e Filipe Martins, também assessor, tiveram suas atuações comprovadas na pandemia. A comissão afirma que além de gerar engajamento para o presidente, o grupo também tinha como objetivo promover ataques para enfraquecer seus adversários políticos.

A configuração do gabinete demonstrada nesse relatório leva em consideração os depoimentos de alguns dos seus integrantes à Polícia Federal, assim como as declarações de políticos e assessores em oitivas realizadas no âmbito de investigações em curso no Supremo Tribunal Federal (STF).

“(…) convém registrar que essa organização não agiu apenas para produzir e difundir fake news contra as medidas sanitárias adotadas por governadores e prefeitos no curso da pandemia de Covid-19. Muito além disso, essa mesma organização também agiu e vem
agindo em direção a outros alvos”, cita trecho.

Conforme o documento, o paraibano aparece como dono de diversas contas (entre perfis pessoais e páginas) no Brasil que foram suspensas pelo Facebook e pelo Instagram por infringirem as regras de conduta dessas redes sociais. Nas contas que ainda mantém, faz postagens com conteúdo negacionistas, com o intuito de defender o governo federal.

Veja trecho do relatório

(Reprodução/Relatório CPI da Covid)