Após revelação de que o secretário parlamentar do deputado federal Ruy Carneiro é investigado por envolvimento em esquema da Lotep, o irmão do parlamentar comentou sobre o caso em grupos de WhatsApp. De acordo com Junior Belchior, é necessário esperar o devido processo legal, pois não há condenação contra o assessor do seu irmão.

Além disso, Belchior também apontou que se for culpado, o assessor deverá ser punido no âmbito profissional.

“Um assessor mas que nem condenado está. Então até que se prove o contrário aguardemos. Se for culpado se punirá”, afirmou Junior Belchior.

O caso

Alexandre Magno Cândido da Cruz, atualmente em exercício como secretário parlamentar do deputado federal Ruy Carneiro na Câmara dos Deputados, é investigado pela Justiça por supostamente fazer parte de um esquema de extorsão envolvendo a Loteria do Estado da Paraíba – Lotep, na gestão do ex-governador Ricardo Coutinho.

De acordo com informações do portal da Câmara dos Deputados, Alexandre recebe uma remuneração mensal de R$ 3.221,93, sendo R$ 1.890,34 referentes ao cargo em comissão de secretário parlamentar e R$ 1.331,59 de auxílios.

No dia 12 de janeiro de 2023, o juiz Marcial Henrique Ferraz da Cruz, da 2ª Vara Criminal de João Pessoa, aceitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público da Paraíba contra o ex-governador Ricardo Coutinho, Alexandre e mais duas pessoas.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, “o denunciado/colaborador DANIEL GOMES disse que, em 19/12/2017, poucos dias após a assinatura do distrato, a Secretária-Geral da CVB/PB informou, por mensagens enviadas pelo aplicativo WhatsApp, que Alexandre Magno Cândido da Cruz, da LOTEP, havia lhe procurado e apresentado uma ideia de criarem uma ‘raspadinha’ com o nome ‘BILHETINHO PREMIADO’, muito semelhante ao produto oferecido pela empresa que haviam retirado do mercado, conforme havia ordenado o irmão de Ricardo Coutinho, CORIOLANO COUTINHO”.

As investigações apontam que Coriolano tinha o controle da LOTEP e era um dos principais responsáveis pela coleta de propinas destinadas a Ricardo Coutinho. Com alta influência, o irmão do ex-governador é apontado pelos investigadores como a pessoa que usava o poder do Estado para direcionar concessões de empresas sob a possibilidade de reincidir contratos já firmados para a exploração de jogos, incluindo demissão, desligamento ou inabilitações.